Os ignorantes da vida
Referindo-me aos ignorantes da vida não estou lembrando os que possuem pouco estudos ou conhecimentos, mas aos que ignoram a finalidade da existência na terra.
Perante um fato doloroso ocorrido com um familiar que perdeu um filho pelo suicídio, veio-me a vontade de escrever sobre algo muito importante que é o esquecimento generalizado dos pais em relação à verdadeira educação dos filhos.
Não que os genitores estejam relaxados com a educação em geral, mas sim, a falta dos ensinamentos primordiais da vida que é a formação moral e espiritual dos filhos. Também não me refiro à frequencia de uma igreja ou religião.
O familiar acima citado foi e é um ótimo pai, criou dois filhos com extrema ternura e dedicação. Deu as melhores escolas, curso no exterior, bens materiais como casa própria, carros, tudo que um filho necessita para ter vida confortável fora do lar, mas faltou o verdadeiro conhecimento da vida que evitaria o suicídio de seu filho.
É importante passar aos filhos a razão do viver.
Por que vivemos? Por que nascemos?
Onde vivíamos antes de nascer na terra?
Para onde vamos depois que nosso corpo morre?
Por que sofremos?
Quantos pais ensinam tudo isto aos filhos?
É fato comprovado por todas as linhas espirituais, religiões e até pela ciência que algo mais existe além do nosso corpo orgânico, que nasce no ventre materno e morre por alguma causa, mas que a criatura que habitava aquele corpo continua existindo após a morte Refiro-me a alma ou espírito. Se existe a palavra alma é porque a alma existe, pois não se nomeia aquilo que é inexistente.
Partindo do princípio que a alma existe então ela é considerada imortal porque não é enterrada com o corpo após a morte.
Seria perda de tempo narrar os incontáveis casos de vidência de pessoas que viram seres fluídicos ou imponderáveis chamados erradamente de fantasmas. Nos dicionários de todas as línguas da humanidade há palavras alma, espírito e, inclusive, fantasma; isto porque existem senão não estariam nos dicionários. Partindo do princípio que alma existe então, prosseguiremos a falar a respeito de algo que não recebe uma educação satisfatória.
É a educação da alma que está sendo esquecida pela maioria dos pais atualmente. Também não escrevo estas linhas para dar as respostas das perguntas acima, mas orientar e alertar os que são responsáveis pela formação das crianças e jovens para uma educação mais voltada para a alma do que o corpo. Educam-se filhos para vencer na vida, que tenha uma ótima faculdade, pós-graduação,
que se case e tenha filhos lindos e saudáveis, tenha uma carreira brilhante tudo para ser vitorioso, mas a vida não foi criada com esta finalidade. Vencer é ganhar numa competição, mas viver não é competir.
Filhos devem ser criados para serem felizes e não para vencer na vida. E a felicidade necessita de certos conhecimentos que as melhores escolas e faculdades não ensinam.
Quem vive feliz é o espírito que habita um corpo material, portanto há que se educar este espírito/alma para que conquiste uma vida plena. Mas, pergunta-se, onde encontraremos esses importantes conhecimentos?
Há muitas linhas filosóficas e espirituais que dão um apanhado de estudos que fornecem respostas para as perguntas chaves deste texto, refiro-me à Doutrina Espírita, como também o Budismo que é um pouco semelhante.
Aprende-se a importância da vida; a preexistência da alma antes da vida material; as causas do sofrimento humano e como evitá-los; conhece-se muito sobre a vida após a morte e o principal, o destino do homem perante a imortalidade. Mais do que tudo, aprendemos a bem viver e a enfrentar qualquer situação da vida com serenidade e confiança.
Dificilmente uma pessoa que absorveu estes importantes conhecimentos procurará o suicídio ou entrará em depressão o que é tão comum atualmente.
O homem ou a mulher que tenha inúmeros diplomas, pós-graduação ou doutorado em algo, se não souber as respostas que foram feitas no início deste texto, infelizmente, não passa de um ignorante da vida.
Estejam todos em paz!
Miryã Kali/ MLucia
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